Vez por outra me deparo com listas de piores capas de disco do mundo. Este “do mundo” geralmente é capa de álbum de músicos americanos, que o americano se considera o centro do mundo. De todas que vi, pra mim, o troféu de pior das piores vai pra a capa deste disco do pianista Eddie Mack, de 1965. Não achei a música de Eddie em nenhuma plataforma de stream, nem no Youtube, mas não pode ser pior do que sua embalagem.
Nesse feriado, a gente comentava como é difícil de acreditar que haja tanta gente no Brasil, e no mundo, que embarca bota fé em ideias de jerico. E maior ideia de jumento feito a desta capa é difícil de crer que alguém tenha tido. A propósito, a moça da capa é mulher de Eddie Mack. Ou os dois estavam perdidamente apaixonados, e de gente apaixonada se espera qualquer doidice, ou então ele estava querendo se divorciar (li que o pianista se casou seis vezes, e viveu pouco tempo com a moça que aparece de quatro em cima do instrumento.
Eddie Mack tinha pai artista, nos anos 20, 30. A primeira vez que adentrou um palco estava com quatro anos. Ia participar de um teste para participar de um show na Broadway. Esperava sua vez, quando um homem o segurou pelos braços e o levantou no ar, chamando-o de fedelho. Eddie não gostou e meteu um chute no rosto do homem, que era o comediante W.C Fields, a quem se atribui a frase: “Quem não gosta de crianças e de cachorros não pode ser uma má pessoa”
Anos mais tarde, Eddie Mack integrava o grupo do musical There’s a Girl in my Soup, de Terence Frisby (que virou filme com Peter Sellers em 1970), quando teve uma hemorragia na garganta, diagnosticada como câncer. Deve ter sido um bom músico pois, durante o tratamento, foi contratado para reger a orquestra de um navio de cruzeiro. Ou talvez tenha ficado famoso por causa desta bendita capa de disco.
TelesToques 
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