Tudo tem seu dia, e não seria diferente com o sexo. O Dia do Sexo rolou no dia 6 de setembro, uma segunda-feira que não é dia, o que deve ter refreado o ímpeto da turma, dependendo do que aprontou no final de semana. A Universal Music mandou às plataformas álbuns relativos à efeméride, por estilos, feito o da capa que ilustra a postagem, dedicado ao forró. Quer dizer, à música que é hoje considerada forró em todo o país. Quem pensou em sexo quando montou o repertório deveria ter incluído o subtítulo “para sado-masoquistas”.
O álbum contém 19 faixas. A primeiro tem o sugestivo nome de Eu Vou Tirar Você do Cabaré, com Israell Muniz. As jovens Simone e Simaria cantam Foi Pá Pum, Carro do Ovo (capaz de serem a favor), e Presente de Deus. O falecido Gabriel Diniz tem direito a duas, Safadezinha e Acabou, Acabou (Quando eu Digo que Acabou). Gustavo Mioto vai de Fake News, e mais duas outras tão descartáveis quanto. Os demais intérpretes são conhecidos apenas no universo em que circulam, ou em canjas do programa de Serginho Groisman. Apresentam-se com casa cheia, de pessoas que não vão pela música, mas pela zoeira. Podem colocar um poste fazendo playback que não vão notar.
Os artistas do álbum certamente têm milhões de seguidores, suas músicas milhões e milhões de views, mas não vão além deles. Ninguém regrava. E música que não se regrava cai na obscuridade, no caso de sertanejos e afins, depois de cair no obscurantismo.
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