Dez anos da morte de Pernambuco do Pandeiro

Neste 2021, completaram-se dez anos da morte de Pernambuco do Pandeiro, Inácio Pinheiro Sobrinho (nascido em Gravatá no Agreste de Pernambuco) cujo centenário acontece daqui a dois anos. Pernambuco fez história na música carioca e de Brasília, onde foi um dos fundadores do Clube do Choro, e dos primeiros a morar na cidade, chegou lá, a convite do Juscelino, em 1959. Afora as centenas de participações em gravações, em que acompanhou os maiores nomes da música brasileira, entre os anos 40 e 60, ele tocou com Severino Araújo, Radamés Gnattali, e Waldir Azevedo (em Brasília).

Em 1958, foi formada uma caravana de músicos e cantores para uma turnê européia, chefiada pelo maestro Guio de Moraes (mais outro pernambucano), da qual Pernambuco do Pandeiro participou com Sivuca, o Trio Irakitan, e o clarinetista Abel Ferreira. Felizmente, uma reunião documentada em disco, Os Brasileiros na Europa (Odeon). Em 1950, quando formou seu próprio regional, trouxe do Recife, um albino alagoano que faria nome na música brasileira, Hermeto Pascoal. Pernambuco do Pandeiro também era bom de forró, em 1959 lançou o disco No Arraial de Santo Antônio, com marchinhas juninas, fechando com três sucessos da obra de Luiz Gonzaga, Dança da Moda (com Zé Dantas), Assum Preto (com Humberto Teixeira), e Baião da Garoa (com Hervé Cordovil).

A capa que ilustra a postagem foi reproduzida do parallalelrealitiesmusic.blogspot, foi lançado em 1959, tem a participação de Hermeto, na sanfona, e um repertório impecável, com a percussão de Os Batuqueiros, grupo liderado por Bucy Moreira, a cadência bonita do samba que ficou no passado.  O disco está disponível em algumas plataformas digitais (escuto no Spotfy), merecia uma edição física.  

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