DISCO do domingo – Turning Point (Blue Note), do organista Dr. Lonnie Smith, daqueles álbuns ensolarados, pra animar a festa, ou domingos nublados, feito este de 10 de outubro. Também uma celebração a Dr. Lonnie Smith, mais um dos bons que se foram neste ano de 2021. Ele faleceu em 28 de setembro, em Fort Lauderdale, aos 79 anos.
Turning Point é de 1969, o segundo solo de Smith, gravado no lendário estúdio de Rudy Van Gelder, em New Jersey. Toca com ele um grupo formado por Lee Morgan (trompete), Bennie Maupin (sax tenor), Julian Priester (trombone), Melvin Sparks (guitarra), Idris Muhammad (bateria).
Este nem é o melhor disco de Dr. Lonnie Smith, que até um ano antes tocava na banda de George Benson. Mas o repertório, de cinco temas, entre os quais Eleanor Rigby, é uma mistura bem dosada de funk, soul e jazz, com muito groove. Dr. Lonnie Smith foi um dos reconhecidos mestres do órgão Hammond B3.
Turning Point foi uma escolha aleatória na longa discografia de Smith (que escolheu tocar órgão por influência de outro Smith, Jimmy). Poderia ter sido, por exemplo, Afrodesia, de 1975, que estende os limites do som do organista, com bastante percussão, e temas de latin jazz, soul e até disco. Um álbum só com cobras criadas. Dr.Lonnie Smith toca com George Benson, Joe Lovano e Ron Carter. Mais dois bateristas, percussionistas, Ben Hiley e Jamie Haddad. A faixa título, das melhores do álbum, caliente rumba, com When the Night Is Right, em que a guitarra de Benson dialoga com o contrabaixo de Carter, com intervenções Smith no órgão. Perfeito.
Deixe um comentário