Em 1969, quando Gilvan Chaves lançou um LP, pelo selo Equipe, uma das resenhas do álbum elogiava as canções, mas recriminava a inclusão de piadas intercaladas entre as músicas. O LP Gilvan Chaves nada mais era do que a reprodução de um recital de um intérprete de folclore, o que foi uma das vertentes da música popular brasileira até o início dos anos 70, quando foram rareando os que a praticavam. Hoje sobrevivem nos poetas nordestinos, que mesclam músicas, com poemas e causos (o que o jornalista achava ser piada).
Gilvan Chaves, pernambucano de Olinda, faleceu há 35 anos. Há 55 anos lançou o primeiro LP, pelo selo Mocambo, da Rozenblit, quando já fazia sucesso no rádio e TV do Rio e São Paulo. Estourou nacionalmente com Prece ao Vento, dele, em parceria com Alcyr Pires Vermelho e Fernando da Câmara Cascudo.
A faixa que abre este disco, Pregões de Pernambuco tornou-se muito popular. Muitos artistas empregaram os pregões. Edu Lobo foi um desses, em Cordão da Saideira (que começa com um “Chora menino, pra comprar pitomba”). Naná Vasconcelos, incluiu pregões na sua música, complementando a percussão. Pregões são bem típicos de uma cidade de mascates. Cada um criando esta espécie de jingle pra vender seus brebotes, ou serviços. No LP de 1969, ele canta um Pregões do Recife.
Este álbum, de dez polegadas, mais um com o nome do artista por título, dificilmente terá uma reedição física, porém, felizmente, está disponível em plataformas de stream.
Esse está disponível no forroemvinil.com para baixar.
CurtirCurtir
tá. O forró em vinil é a salvação da música nordestina
CurtirCurtir
Sabe de quem é a capa?
CurtirCurtir
dionísio, tem nos creditos. Não me recordo desse pintor
CurtirCurtir