Deltas, banda luso-brasileira, faz fusões e efusões sonoras

O guitarrista, compositor e vocalista, Dirceu Melo é mais conhecido no Recife por Dirceu Cabeleira, por causa do grupo de que foi um dos fundadores em meados dos anos 60, Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis, um dos primeiros da era manguebeat a ser contratado por uma grande gravadora (no caso, a Sony Music, a mesma de Chico Science & Nação Zumbi.

Já há alguns anos, Dirceu mudou-se com a família para Lisboa, mora na praia da Caparica, e continua na música, com o grupo Deltas, uma formação luso-brasileira (dois brasileiros e três portugueses): Dirceu Melo (guitarra, vocais e zaz), Hugo Osga (hurdy gurdy, digeridoo e percussões), Miguel Berkemeier (violino e violão), Carlos Garrote (baixo), e Rogério Pitomba (bateria e percussão). Se no Jorge Cabeleira, Dirceu promoveu o encontro do baião com o hardcore, com o Deltas vai mais longe nas fusões de sonoridades.

Aliás, o nome Os Deltas porque sua música converge para os deltas do rios Capibaribe, Mississipi e Tejo, com blues, baião, música celta, medieval, e sonoridade árabe. Loyo (nome de um hotel em Portugal), o primeiro single do segundo álbum, aterrissa nessa quinta-feira, 4 de novembro, nas principais plataformas de música para stream. O álbum chega na sexta-feira, 12 de novembro.

II é quase todo instrumental, mas “Tem duas músicas com voz, uma chama-se Rosa que Enflorece, que tem a Silvia Isabel cantando e é um tema de mais de 450 anos”, conta Dirceu, que define o II como “Som liberto , onde canto, pra variar, Alceu, Pontos Cardeais, uma versão citara-rock medieval”. A instrumentação da Delta torna a sonoridade bastante original, sobretudo pelo hurdy gurdy, da família do acordeom, em Portugal viela de roda, ou gaita de roda, tem cordas friccionadas por uma manivela, o som aproxima-se do violino e do acordeom.

Este é o segundo álbum do Deltas, que lançou o primeiro em 2015, unindo a música nordestina com a do Sul dos Estados Unidos. Na formação atual expandiram os horizontes, como na citada Rosa que Enflorece é uma música judia sefardita, que veio das pesquisas de Silva, que também toca em duo com Hugo Osga.

As fusões por vezes dão lugar à justaposição, feito uma faixa intitulada Ciranda de Rua, é meio jazz, meio blues, com escalas árabes, mas de repente irrompe a percussão da ciranda pernambucana. Uma experimentação de sons, com muitas surpresas ao longo das suas onze faixas.

O disco Deltas II, conta com a produção da Groovin Produções, apoio da Lei Aldir Blanc / Lab PE e será distribuído no Brasil e Portugal via selo Estelita. Enquanto o clipe, em formato de animação, que traz a concepção artística pelo olhar de Dirceu Melo, tem ilustrações assinadas pelo artista visual Raoni Assis e Paulo Leonardo. Este último também assina a animação do clipe, que poderá ser acessado na página do youtube da banda (https://www.youtube.com/watch?v=x-FG9UnJ1

@deltasworldmusic

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