Icônico é um adjetivo exaurido pelo excesso de uso, um clichê que deveria ser evitado ou, ao menos, deixado de lado por um tempo, a fim de que ele se recupere. Mas em determinados momentos não há como evitá-lo. É icônica boa parte das fotos que o inglês Mick Rock fez, na década de 70, de gente feito Lou Reed, Mick Jagger, Debby Harry, The Clash, Queen, Iggy Pop, ou David Bowie, para citar uns poucos, porque ele fotografou um catálogo telefônico de estrelas pop. Foi fotógrafo oficial de David Bowie, a maioria das icônicas fotos da era Ziggy Stardust tem a assinatura de Mick Rock.
A morte de Michael David Rock, 72 anos, foi anunciada ontem, de causa não revelada. Ele morava com a família em Nova Iorque.
Mick foi autor de pelo menos cem capas icônicas, incontáveis sessões de fotos com músicos de todos os naipes, além de registrar bastidores e festinhas de astros do rock. Muitas vezes uma câmera indiscreta, tal como as fotos que fez de uma farra de David Bowie, Mick Jagger e Lou Reed. Ele costumava dizer que não era voyeur, mas olhava com atenção o que rolava à sua volta. Foi uma espécie de Cafi britânico (o pernambucano Carlos Filho, falecido em 2019, autor de centenas de fotos igualmente icônicas).
Eu pensava que era Mick Jagger. Desculpa. Nunca comparar a com b. Jamais. Ainda mais num momento desse.
Não sabia da arte desse Mick fazer capas. E que capas. E que artes.
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o cara era craque, e bota craque nisso
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