Atenção: disco novo do maestro Andre Rieu no pedaço, saudando o novo normal, que virou velho anormal na Europa, incluindo a Holanda, terra natal dele. Aliás, Andre Rieu deveria ser ungido Patrimônio Muito Material da Humanidade. Ele e sua orquestra lançam uma média de três discos por ano. Tanto disco, que ele tem que pegar música de tudo que é canto, e época, pra gravar. Teve uma época em que eu recebia rios de discos de Rieu, até separei uma parte de uma estante só pra obra do cara. O homem é incansável, não parou nem na pandemia, embora tenha desacelerado e lançado apenas um CD em 2020, e agora um CD e um DVD, Happy Together, o título.
Andre Rieu deve ser tocado nas festas de fim de ano. Cá pra nós, é bem mais interessante sua orquestra do que a harpa do paraguaio Luis Bordon (que deve ter tocado na manjedoura quando Jesus nasceu). Ou então aquela música de John Lennon, na exaurida versão de Simone, que não é ruim. A letra é praticamente a mesma da canção original (versão de Cláudio Rabello). A baiana tem uma bela voz. Mas o pessoal quando implica, é fogo.
André Rieu fez um de seus discos mais pra cima, regendo a Johann Straus Orchestra. Happy Together (Gary Bonner/Alan Gordon), lançado por The Turtles, em 1967, deu o título ao álbum (no Brasil se chamou Felizes Juntinhos, com Os Canibais, com selo da Rozenblit). Outra canção americana de sucesso é You Are My Sunshine (Jimmie Davis/Charles Mitchell), de 1940, e com cerca de 400 regravações. O repertório é de 19 faixas, uma salada sonora, que traz música espanhola alemã, tcheca, valsa de Strauss, Beatles, claro, La Bamba, obviamente, quer dizer, obviamente no caso de Andre Rieu, Elvis Presley, o escambau. Ideal pra botar no som ambiente, à meia-noite, de 24 de dezembro, no momento de estraçalhar o falecido peru.
TelesToques 
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