Semana de 22 ganha caixa com quatro CDs produzida pelo Selo Sesc

O Selo SESC lança nessa sexta-feira, 17 de dezembro, o que será, certamente, um dos mais importantes projetos celebrando o centenário da Semana de Arte Moderna, de 1922, ocorrida entre 11 e 18 de fevereiro, no Teatro Municipal de São Paulo. Toda Semana: Música e Literatura na Semana de Arte Moderna, material inédito que reúne toda música tocada na Semana de 22, além de trechos de poemas e conferência lidos durante o evento. Este conteúdo estará inicialmente no formato digital, disponível, gratuitamente, no link https://sesc.digital/colecao/todasemana. Em fevereiro, o projeto terá edição física, com quatro CDs, mais um libreto com os poemas e conferências.

“Localizar na história da cultura brasileira que Emiliano Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Graça Aranha, Mário de Andrade, Heitor Villa‑Lobos, Paulo Prado ou Menotti del Picchia participaram das ‘três festas de arte’ de 1922, como as designou o autor da Pauliceia Desvairada, hoje é lugar-comum para quem revisita as linhas mestras do modernismo. Mas reunir os estudos elaborados ao longo de 100 anos para um balanço crítico ou, no outro extremo das análises, para finalidades didáticas ainda não é fácil”, comenta Claudia Toni, uma das idealizadoras do projeto, com Flávia Camargo Toni e Cláudia Fresca, que teve direção musical do maestro e violinista Cláudio Cruz.

Um trabalho arrojado, no qual estão incluídos palestras que nunca tiveram maior divulgação, casa de A Emoção Estética na Arte Moderna, de Graça Aranha, ou Arte Moderna, de Menotti Del Picchia, lidas pelo ator e pesquisador Antonio Salvador. Num dos CDs a poética de Sérgio Milliet, Luís Aranha e Mário de Andrade.

Participam ainda do projeto Ana Valéria Poles (contrabaixo), Antonio Meneses (violoncelo), Claudia Nascimento (flauta), Douglas Braga (saxofone), Homero Velho (barítono), Liuba Kletsova (harpa), Ricardo Ballestero e Ricardo Castro (piano), Mônica Salmaso (canto), Luca Raele (clarinete), Leandro Roverso (celesta), Robson Fonseca, Amanda Martins e Soraya Landim (violinos), Lígia Ferreira e Antonio Salvador (voz), e do Quarteto Carlos Gomes.

MÚSICA

“Foram de Villa-Lobos a quase totalidade das obras executadas na Semana de Arte Moderna. São peças de câmara para diferentes formações: piano solo, canto e piano, violino e piano, violoncelo e piano, trio com piano e quarteto de cordas. Há, ainda, duas formações que fogem do padrão: um quarteto com flauta, sax alto, harpa e celesta; e um octeto com três violinos, violoncelo, contrabaixo, flauta, clarino e piano. Dos demais autores há apenas peças para piano solo”, detalha Camila Fresca, jornalista especializada em música erudita, e uma das idealizadoras e organizadoras do projeto.

Além de Villa-Lobos, a Semana da Arte Moderna teve também, Erik Satie, a peça para piano solo Edriophtalma (Embryons Desséchés), Francis Poulenc – Valse, igualmente para piano solo. E ainda duas peças de Debussy, Les Soirée dans Granade e Minstrels, executados pelo pianista Cristian Badu.

A produção musical, edição, mixagem e masterizada é assinada por Ulrich Schneider. O projeto foi gravado nos estúdios Nacena (2019-2021), Monteverdi (2019) eYB (2021).

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