A cada dezembro é dada a largada às listas disto ou daquilo. Nas listas, desde 2018, quase sempre, o Queen está incluído, ou como Melhor ou como Mais Influente, e outras categorias, como “grupo de todos os tempos”. Lista é discutível, tem muito a ver com o gosto pessoal de quem a compila.
Já influência não. O Queen foi imensamente popular nos anos 80, desacelerando no final da década. Innuendo, lançado há 30 anos,o último disco com Freddie Mercury vivo (morreria nove meses depois do lançamento) teve desempenho modesto em relação a lançamentos anteriores. Chegou a um 30º lugar no paradão da Billboard.
A cinebiografia Bohemian Rhapsody, dirigida por Bryan Singer (2018), de certeiro apelo popular, levou a banda a ser descoberta por um público que a conhecia, mas de que não fazia parte da sua praia sonora.
No rastro do blockbuster, a canção que dá nome ao filme bombou nas plataformas digitais, pra se tornar a música do século 20 com mais streams. Comecou a disparar simultaneamente com o sucesso da bio. Em outubro de 2019, bateu todos os recordes, um bilhão e seiscentos milhões de plays no Spotfy.
Mais ou menos, o fenômeno que aconteceu com a pintora mexicana Frida Kahlo, catapultada ao culto mundial pela cinebiografia Frida, de Julie Taymor (2002). Por conta do filme, muito bom, por sinal, mulheres mundo afora se identificarem com o personagem. Não fosse Frida, o filme, Frida, a pintora, continuaria uma ilustre desconhecida para as milhares de pessoas que circulam por aí com o rosto dela estampado nas camisetas.
O Queen tem discos muito bons, bons, mais ou menos, e fracos. Só passou a tocar bem no Brasil depois do Rock in Rio (1985) Porém não foi tão influente, até porque mudava de estilo a cada disco. Fez surgir uma quantidade absurda de bandas covers, o que não é influência. Estas emulam o original. O cover é um artifício para faturar em cima do sucesso alheio (embora nessas bandas além de fãs ardorosos, há também ótimos músicos).
O Queen poderia entrar noutra lista: ‘Bandas adoradas por metaleiros, que não fazem heavy metal”.
O Queen só passou a tocar bem no Brasil depois do Rock in Rio (1985)? Vc está muito mal informado pois as músicas do Queen sempre tocaram muito antes, mesmo porque já tinham vindo ao Brasil em 1981. Músicas como “Love Of My Life” (ao vivo de 1979), “We Are The Champions” (1977), quase todo o álbum The Game de 1980 (Play The Game, Save Me, Another One Bites the Dust e Crazy Little Thing Called Love) e o tema de Flash Gordon (1980) tocavam a exaustão até nas rádio não especializadas em rock.
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quando comecei a ouvir o queen provavelmente você nem tinha nascido. Não questionei a qualidade do grupo. Mas tem gente que toca muito, vende muito e não tão influente. É o caso do Queen, ou The Bee Gees, por exemplo.
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Realmente o queen não foi nada influente nos EUA e muito menos no Brasil! Antes do filme o queen era listado entre os maiores no continente europeu onde sua obra sempre foi mais aceita.
Me lembro que os britânicos elegeram o queen como a maior banda de rock em várias ocasiões bem antes do filme . Acho que o sucesso do filme está na própria música do quarteto que foi redescoberta em um contexto onde as pessoas menos se importaram com a sexualidade do vocalista e se voltaram para a obra! Até por que o filme não é bom e não explora a vida do vocalista de uma maneira tão bem como foi em Frida!
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eles foram muito grandes. Chegou a ser a banda mais popular do mundo. O que o filme fez foi recrutar novos fãs
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