John Coltrane complexo e acessível no álbum sessentão My Favorite Things

E viva a data redonda. Graças a ela obras primas musicais ganham relançamentos e reativam o interesse pela obra do artista. Os 60 anos de dois álbuns obrigatórios do jazz trouxe de volta My Favorite Things, de John Coltrane, e Art Blakey & Jazz Messengers With Thelonious Monk, ambos com selo da Rhino, que vem reeditando uma série de clássicos. A rigor os dois discos não estão sendo celebrados por efemérides. O primeiro é de 1961, o segundo de 1958.

Com sua surpreendente interpretação de um tema aparentemente leve  do musical da Broadway, The Sound of Music, My Favorite Things, de Rodgers & Hammerstein (seria filme dirigido por Robert Wise, em 1965). Tornada modal por Coltrane, que subverteu a melodia com acordes que não estão no original, aproximando-a do Bolero de Ravel, mesmo assim o tema foi lançado em compacto e estourou. Vendeu 500 mil cópias, coisa rara no jazz. Foi a primeira vez em que John Coltrane gravou com sax soprano (que lhe foi presenteado por Miles Davis).

McCoy Tyner (piano),  Steve Davis (contrabaixo) e Elvin Jones (bateria), são os músicos que tocam no álbum com John Coltrane. Um disco que recorre a standards da música americana, Ev’ry Time We Say Goodbye (Cole Porter), Summertime (Ira e Georg Gershwin e DuBose Heyward) e But Not For Me (Ira e George Gershwin). São 40 minutos e 49 segundos de música, num álbum em que o quarteto consegue ser complexo e acessível. Um desses discos que não envelhecem.

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