Forró para os “sulistas” é a música das bandas de fuleiragem, do piseiro, ou jovens artistas nordestinos, que misturam sertanejo com outros gêneros popularescos e sem dizem forrozeiros, pelo espaço que lhes é aberto em programas globais de grande audiência (ou seja, quase todos). Mas a memória do forró continua assegurada em site e blogs mantidos por abnegados, a exemplo do DJ Ivan, do Forró em Vinil (forroemvinil.com), ou Antonio Carlos Barbosa, da revista online Ritmo e Melodia (www.ritmomelodia.mus.br / www.ritmomelodia.com.br). O primeiro disponibiliza centenas de título, quase tudo fora de catálogo, dezenas de raridades, do forró. O segundo abrange MPB em geral, mas o forró é uma constante, em matérias ou entrevistas.
O jornalista Antonio Carlos, paraibano de Campina Grande, há anos em São Paulo, e edita a revista desde 2001. Com um rico arquivo de entrevistas, conduzidas por ele. Antonio reuniu entrevistas com forrozeiros, ou artistas que também trilham os caminhos do forró num livro intitulado São Paulo É Forró do Gogó ao Mocotó, edição impressa produzida com o apoio do Primeiro Edital de Fomento ao Forró da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, realizado de outubro de 2020 a setembro de 2021. Agora ele ampliou o projeto para cinco livros, em que a história do forró em que o cenário do Forró é contado pelos seus protagonistas: artistas, pesquisadores, jornalistas, radialistas, professores de dança, ativistas. Os livros reúnem entrevistas colhidas ao longo de duas décadas de atividade da RitmoMelodia, segundo Antonio Carlos, foram mais de duzentas entrevistas, um recorde. Nenhum outro órgão de imprensa conversou com tanta gente desse universo musical. A série São Paulo Forró do Gogó ao Mocotó contém cerca de duas mil páginas, incluindo nomes famosos, pouco conhecidos, ou obscuros.
Foram lançados: Referências do Forró; Respeite meu Fole; Flores do Mandacaru; São Paulo é Forró do Gogó ao Mocotó volumes 1 e 2. Com capas e contracapas do artista plástico carioca Andre Bringuenti, retratando o ambiente do forró e da cultura nordestina, também em São Paulo, onde, dizem, atuam mais trios de forró do que no Nordeste inteiro. A design Daniela Bontempi assina a arte das capas.
LIVROS
Apenas o primeiro volume de São Paulo É Forró do Gogó ao Mocotó teve edição imprensa, os demais são e-books. Detalhes de cada um deles:
São Paulo é Forró do Gogó ao Mocotó volumes 1 e 2, dois livros com 59 entrevistas com forrozeiros com residência em São Paulo, no exterior e com pesquisadores, professores de dança, jornalistas. O primeiro volume teve sua publicação em versão impressa com uma tiragem de 200 livros, nos quais 100 livros foram distribuídos em 54 bibliotecas municipais e outros 100 livros foram enviados para os entrevistados, jornalistas, pesquisadores, centros culturais e SESC como forma de multiplicar o conhecimento desse mapeamento.
Referências do Forró, um livro com 35 entrevistados que mostra algumas “pedras fundamentais” do Forró Tradicional.
Respeite meu Fole, um livro com 41 entrevistados que mostra a importância do instrumento que é coração de um trio Pé de Serra junto com Zabumba e Triângulo.
Flores do Mandacaru, um livro com 32 entrevistas que mostra a voz feminina ativa e a atitude de resistir em cenário musical de maioria masculina e machista.
Para adquirir os livros acesse o site da revista, ou na amazon.com.br
TelesToques 
Sem dúvida São Paulo valoriza mais arte e a cultura do que muitos municípios Nordestinos. Meus parabéns Antonio Fonseca. Aqui segue meus parabéns em forma de verso. É de Campina mas mora hoje em SAMPA, Um jornalista tampa ,que faz verso e poesia, passa em revista enaltecendo a todos, rregando bem o seu jogo ,com RITMO E MELODIA.
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a cultura brasileira sepreserva graças a abnegados
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aqui se fala mais do que se faz pelo forró
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