Elvis Presley andava meio esquecido, e voltou a entrar na dança dos famosos, com o filme, de Baz Luhrmann, já lançado e com críticas pouco favoráveis. É a história de Elvis contada sob a ótica do empresário, o coronel Tom Parker. Um filme produzido sob a síndrome de Bohemian Rhapsody (2018), de Bryan Singer, um mega sucesso de bilheteria, o filme alavancou as vendas dos discos do Queen, e levando a música que lhe dá título a se aproximar dos dois bilhões de plays nas plataformas digitais.
Elvis, falecido precocemente aos 42 anos (1977) equilibrou-se entre o sublime e o grotesco. As pessoas pendem quase sempre para o pior. O Elvis obeso, com o macacão brega, é o preferido dos milhares de sósias do Rei do Rock. Nos anos 90, uma banda chamada Dread Zeppelin, que interpretava clássicos do Led Zeppelin em levada de reggae, tinha como vocalista um cara que usava o nome artístico de Tortelvis.
Chegando às lojas provavelmente para coincidir com a bio cinematográfica, o grupo canadense Elvis Bossa Nova! relançou HI, I’m Elvis Bossa Nova (de 2009). A banda é um projeto paralelo de músicos de Toronto, vindos das bandas Run With The Kittens, Grindig e Creaking Tree String Quartet. Enquanto o Dread Zeppelin tirava sarro do Led Zeppelin com roupagem de reggae, o Elvis Bossa Nova!, claro, canta clássicos do roqueiro em, mais ou menos, bossa nova, em versões instrumentais.
Até o nome “bossa nova” é também tiração de onda, porque o álbum abre com All Shook Up em ritmo de salsa. Brincadeira levada a sério. Viva las Vegas é uma bossa experimental, com citações de Aquarela do Brasil, emprega guitarras com timbres de surfe, e vai acelerando o andamento. O EP traz cinco faixas, em que a bossa nova entra como intenção, é meio experimental, acaba sendo muito mais interessante do que se fosse mesmo um disco de arreação.
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