Bob Marley canta acompanhado pelos Wailers e por uma orquestra sinfônica multiracial

Falecido há 41 anos, Bob Marley teve carreira relativamente curta. Começou a gravar em 1962, na Jamaica, onde se tornou ídolo nacional, mas limitado ao seu país e ilhas do Caribe. O reconhecimento internacional deu-se em 1973. Em 1981, quando morreu, aos 36 anos, encontrava-se no auge. Foi um dos mais influentes artistas da música popular do século 20. O que é ratificado pelos milhões de seguidores nas redes sociais, orgânicos, sem impulsos marotos.

Se conhece a música de Robert Nesta Marley com as mais diversas roupagens, nos mais variados idiomas, agora ela é acolhida no universo dito erudito, com a orquestra inglesa Chineke! Não é uma orquestra sinfônica comum. É formada por músicos negros e asiáticos que vivem no país da rainha Elizabeth, alguns de outros países europeus.

Bob Marley & Chineke! Orchestra sai com selos da Universal Music e Island, com o beneplácito da família do Rei do Reggae. A origem do álbum veio de duas canções de Marley gravadas num disco do celista Sheku Kenneh-Mason, renomado no circuito de música para concerto inglesa, que já integrou a Chineke Orchestra. Ele deu roupagem orquestral a No Woman no Cry e Redemption Song, que agradou aos Marley.

Não se trata de tampouco de uma orquestra tocando a música de um autor de sucessos conhecidos mundo afora. A Chineke! Orchestra, que gravou em Abbey Road, produzida por Nick Patrick (que já trabalhou com Aretha Franklin, The Beach Boys, Seal, Placido Domingo, entre outros). Os arranjos da orquestra são acrescentados às gravações originais de Bob Marley e The Wailers. A excelência da orquestra, e a habilidade do produtor fazem com que as dez canções, a maioria manjada, ganhem um novo atrativo.