Era uma vez – historinhas da MPB
Em 1968, Caminhando (Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores), de Geraldo Vandré, disputou com Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim a preferência da comissão julgadora do Festival Internacional da CAnção. Caminhando era a música que a inflamada plateia do FIC queria como vecendora. Na noite em que foi decidida a parte nacional do evento, conferindo o júri o primeiro lugar à música de Tom Jobim e Chico Buarque, correu nos bastidores do Maracanãzinho o boato de que o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) estava, na saída, à espera de Vandré, para prendê-lo. O artista, que não era de ferro, apavorou-se e começou a procurar alguém para escolta-lo até em casa. Apelou para uma senhora da TV Globo (produtora do festival) que aceitou a acompanhá-lo, mas não podia sair naquele momento. Pedindo-lhe que esperasse por alguns minutos. Vandré, no entanto, não concordou. Queria sair porque queria, e já.
A senhora então lhe sugeriu que ele fosse esperá-la no carro da TV Globo, dando-lhe todas as especificações da camionete, cor, estacionamento onde se encontrava, etc. Vandré esgueirou-se discretamente e, no local indicado viu uma camionete que lhe pareceu ser a descrita. Pediu para entrar, mas o motorista não deixou, alegando que não tinha ordens. Insistiu e recebeu novamente um não. Invocou, aflito, o nome da tal senhora, e o motorista disse não conhecê-la. Lembrou-se então de perguntar de quem era o carro. O motorista respondeu. Era a camionete do DOPS
Kkkkkkkk show de narrativa Teles, parabéns! A história não havia sido contada ainda assim, curta, grossa e engraçada!
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obrigado pelos maiores encômios
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