Neste sábado, no Clube Português, uma noite de reencontros e encontros para o Mestre Ambrósio, de volta aos palcos recifenses 30 anos depois da criação do grupo, e 20 anos desde a última apresentação na cidade.
O reencontro, com os fãs de primeira hora, que lotavam a Soparia de Roger pra ver a banda. O encontro, com novos fãs que só a conhecem de discos. Está segunda turma já se familiarizou com a música do repertório da Mestre Ambrósio, ao contrário do que aconteceu com os que a conheceram nos idos de 1994, quando a banda passou se apresentar na Sopa.
Foi um choque cultural. Ninguém ali conhecia o forró, o cavalo marinho da Zona da Mata, e sabia pouco ou quase nada de maracatu rural. Muita gente achava que o tal Mestre Ambrósio era o cantor e rabequeiro Siba Veloso.
Duma feita, a Mestre Ambrósio fazia um show no Clube Atlântico, em Olinda. Na época do primeiro disco. Lenine, que produziu o grupo, estava lá e deu uma canja. Quem estava foi Paulo Moura, que também deu canja. Um rapaz, entusiasmado com o talento de Paulo Moura no clarinete, comentou a uma pessoa da equipe do grupo: “Este Mestre Ambrósio nunca comparece aos shows, mas quando vem bota pra fuder”.
O show da Mestre Ambrósio terá repertório com músicas dos seus três discos, Mestre Ambrósio (1996), Fuá na Casa de Cabral (1998), e Terceiro Samba (2001). A abertura ficará por conta da Orquestra de Bolso, Nailson Vieira (da Zona da Mata) e da DJ Allana Marques.
P.S – A Mestre Ambrósio marcou época na Soparia, onde praticamente começou a tocar em público, e é um capítulo à parte no texto que escrevi contando a história do lendário bar de Roger de Renor, o quartel general do manguebeat. A Soparia funcionou de 1992 a 1999, no final da Avenida Herculano Bandeira, no Pina, O livro será publicado em breve pela Cepe.
Foto: Mestre Ambrósio em foto de divulgação do primeiro disco, 1996.
Deixe um comentário