Grammy 2023: Brasil ganha uma inesperada e inusitada estatueta por um disco gravado em 2011, por um panamenho com o Boca Livre, que acabou em 2021.

Na cerimônia de premiação do Grammy nesse domingo, 5 de fevereiro, concorriam não apenas uma, mas duas cariocas Anita e Flora Purim,  a primeira como Revelação,  a segunda, Melhor Álbum de Latino de Jazz (a terceira indicação de Flora),  não ganharam.  Um Grammy inesperado e inusitado, porém,  veio para o Boca Livre, um grupo que acabou, em 2021,  em meio à polarização  política, entre os integrantes. E com um disco  gravado em 2011,  com o panamenho  Rubén Baldes, (que já ganhou seis prêmios Grammy), e gravado com alguns dos melhores músicos brasileiros.
No geral, a premiação deste ano ficou equilibrada entre jovens e veteranos. Beyoncé, que já pode ser classificada como veterana (tem 41 anos e um longa carreira), levou quatro prêmios, e tornou-se a artista mais premiada da história do Grammy. Sua coleção tem 32 estatuetas (em formato de gramofone).
Como toda cerimônia do tipo, a do Grammy também é maçante. Alguns dos premiados não se dispuseram a cantar, a exemplo de Beyoncé. Das decanas, Bonnie Raitt (que inteira 74 anos em novembro), embora tivesse  17 gramofones na estante de troféus em casa, boquiabriu-se ao ser anunciado que ganhou mais um. A surpresa, porque  concorria com pesos pesados do pop contemporâneo, na disputa de uma das três mais importantes categorias Grammy, a de Melhor Canção.  Com Just Like That passou por cima de campeões das paradas de  streaming e de vendagens, Beyoncé, Kendrick Lamar, Harry Styles, e Taylor Swift.
Outra surpresa  grande deve ter tido Edgar Winter, que abocanhou o Grammy pelo Melhor Disco de Blues Contemporâneo, com o álbum Brother Johnny, tributo ao seu irmão Johnny Winter, falecido em 2014.  Edgar, 77 anos,  ganha o primeiro Grammy no ano em que se completam 53 anos do lançamento do seu álbum de estreia, Entrance. Lembrando que, em 2011, Edgar Winter tocou no Classic Hall, como integrante da banda His All-Stars, do ex-beatle Ringo Starr.
Quanto ao Grammy brasileiro, menos ufanismo. Embora o disco seja, pelo menos metade verde-amarelo-azul-anil, é um projeto de Rubén Blades, 77 anos, astro da música hispânica desde os anos 70. Em Pasieros, ou Parceiros, título do álbum,  o crédito do Boca Livre e de “feat” (featuring), ou  seja “com participação de”. Tanto é assim que Rubén Blades foi quem adentrou o palco para receber mais um gramofone, a que o Roupa Nova também fez jus, sem quem exista mais.

4 comentários em “Grammy 2023: Brasil ganha uma inesperada e inusitada estatueta por um disco gravado em 2011, por um panamenho com o Boca Livre, que acabou em 2021.

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  1. Ao final destes uma Roupa Nova pro Boca Livre kkkkkk
    O TBD botou o Boca Livre num palco pela primeira vez, o do Canecão, em 1979, ô sorte!!!
    Num show com Edu Lobo e Nana Caymmi apresentando o grupo vocal! Depois foi só Toada…

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    1. na verdade ganhou mesmo foi Ruben Blades, que é bem famoso nos EUA, o Boca Livre foi convidado dele. Vi o gruo pela primeiro vez no comecinho dele, nos tempos do circuito universitário, na quadrada UFPE com Edu Lobo

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