Kleber Araújo é cantor e compositor de Arcoverde, que incursiona pelo forró e o frevo. Em 2007 fez o disco Frevo, Amor e Confete, e em 2011, o CD Dois no Frevo, em parceria com o maestro Josias Lima. A intenção era criar um frevo que tivesse mais a cara da região, condimentado com coco, baião e até reisado. Para 2023, Araújo lançou o single Frevo de Quatro Folhas, interpretado com ele, tendo como instrumento solo a sanfona de Orlando Melo, disponível nas principais plataformas de streaming.
Kleber Araújo retoma uma prática comum até os anos 70 no repertório dos sanfoneiros nordestinos. Entre os grandes dos oito baixos, talvez apenas Geraldo Correia não tenha gravado frevos. Mais recentemente, o sertanejo, do Pajeú, Maciel Melo gravou um CD inteiro de frevos quase todos autorais, Perfume de Frevo (2014). Em 1980, Sivuca iniciou a série de LPs intitulado Forró e Frevo, que chegou a quatro volumes (o último é de 1984).
Zé Calixto, talvez o maior nome dos oito baixos no forró, em seu álbum de 1961, A Volta do Sanfoneiro, além de gravar Vassourinhas nesse disco, toca, de sua autoria, a ótima Oito Baixo no Frevo nº 2, sequência de Oito Baixos no Frevo, faixa do álbum de seu LP de estreia Zé Calixto e Sua Sanfona de Oito Baixos (1960).
Martins da Sanfona, que começou na Rozenblit, nos anos 60, gravou muito frevo. Tem inclusive um álbum (sob o nome de Tony Martins), intitulado Frevo Choro. Josildo Sá, que defendeu frevo de Kleber Araújo, num festival de música carnavalesca da prefeitura, gravou, em 2011, o CD Frevo de Latada, unindo elementos do samba de latada, com o frevo.
A lista é longa, pois frevo e forró andaram juntos desde que Luiz Gonzaga estilizou a cornucópia de ritmos nordestino que levou com ele para o Rio no início dos anos 40.
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