Blacksploitation, ou blaxploitation, tendência do cinema americano, nos anos 70, de filmes dirigidos, protagonizados, com trilhas de compositores negros. Resultou em produtos bons e ruins. Já a música era quase sempre de primeira, refletia o que os negros curtiam na época. Mas não tem a ver com a capa do disco que ilustra a postagem. Aliás, um disco com um repertório supimpa.
Cinco negões de black pau, ternos escuros, um carrão, e o título Os Verdadeiros Chefões da Bossa Nova. Sabe-se lá como associaram o quinteto com a bossa nova, neste álbum lançado pelo selo Ukrainian Records, em 2007. Nas suas 25 faixas misturam-se Brigitte Bardot, cantando Maria Ninguém (Carlos Lyra), com Zizi e Luiza Possi, cantando Haja o Que Houver (do guitarrista português Pedro Ayres Magalhães). O americano Gary McFarland, cantando La Vie em Rose (Edith Piaf), com Emílio Santiago, cantando Tristeza de Nós Dois (Durval Ferreira/Maurício Einhorn/Bebeto Castilho).
Mas a maioria é bossa nova, e da boa. Tem Menescal, João Gilberto, Tom Jobim, Nara Leão, Stan Getz, Astrud Gilberto, Tamba Trio, Trio Rio 65. O problema é a capa. Ou melhor, o interessante é a capa bossaexploitation. Vivo caçando capas estranhas de discos de música brasileira lançados por selos obscuros e esquisitos. A deste selo ucraniano levou o prêmio originalidade.
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