Hoje aprendi uma nova expressão: manspreading. É empregada para marmanjos que se sentam com as pernas demasiadamente abertas, o que é tido como pratica abusiva machista, já que os homens, segundo estatísticas, abrem cinco vezes mais as pernas do que as mulheres. Quer dizer, abrem mais as pernas quando se sentam em bancos do transporte público, em bancos de praças, ou salas de espera. O que me levou a lembrar de um amiga que, anos atrás, estava num ônibus, ao lado de um rapaz praticante do manspreading. Incomodada, ela se virou pra ele, e tascou:
– Moço, você tem problemas nos testículos? Foi aí que ele se deu conta das pernas separadas uma da outra além do bom senso.
Mas não pensem vocês que isto só incomoda às mulheres. Incomoda, e muito, aos homens. Eu sou um deles. Tenho pavor de manspreading. Mas o cara que comete manspreading nem se toca que faz isto, tampouco sabe que o termo existe. Não sei se é machismo, mas é cultural. Às meninas me recordo muito bem, os adultos recomendavam que não se sentassem de pernas abertas. Eram repreendidas caso fossem flagradas no womanspreading. Os meninos nem recomendação, nem repreensão.
É muito desconfortável a gente tá sentado num banco, poltrona, ou afim, com um indivíduo de lado tomando o espaço quase todo, e você com as pernas fechadíssimas. As vezes, o cara ao lado tem adificuldades em fechar as pernas, por conta alguma doença nas partes. Mas aí, homens que dividem o banco com ele também passam a ter problemas com suas partes, pelo aperto forçado das pernas.
Achei que o combate ao manspreading fosse coisa recente, mas a coisa vem de 2013. Na Espanha há uma campanha pública contra as pernas abertas masculinas nos metrôs. Excesso de abertura de membro inferiores pode dar até multa. Recomenda-se lá, pois, que homens com membros e adjacências prejudicadas por alguma doença, que viajem nos coletivos munidos de um atestado médico. Torço pra que a a campanha chegue por aqui,
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