Recife, que completou hoje 486 anos, é uma das cidades brasileiras mais homenageadas na música popular

O Recife, a aniversariante do dia, foi mais cantado na música popular do que se imagina, e com composições dos mais inusitados nomes. Os irmãos bossanovistas, Marcos e Paulo Sérgio Valle, são coautores, com o recifense Novelli, de Pelas Ruas do Recife, frevo que foi sucesso com a Banda de Pau e Corda. Mas foi lançado, em 1968, pelo grupo 3D (de Antonio Adolfo). Há muitas canções e temas instrumentais intituladas Recife. Aliás, a música conhecida como Frevo nº1 do Recife, de Antonio Maria, chama-se apenas Recife.

Recife é título de composição de Erasto Vasconcelos, no disco Jornal da Palmeira (2005), de Toinho Alves e João de Jesus Paes Loureiro, gravada pelo Quinteto Violado, no LP Kuiré (1989), de Laerte Freire, gravada pelo Maestro Zezinho e sua Orquestra (1983), Bezerra do Sax, cantada por Lia de Itamaracá, em Ciranda de Ritmos (2008), a lista é longa. A mais regravada é, claro, o frevo Recife de Antonio Maria, lançada em 1951, pelo Trio de Ouro. Tem muito mais.

Há muitas canções para a capital pernambucana que são pouco conhecidas, ou mesmo obscuras, como é o caso de Recife 40 graus, do recifense Marcus Vinicius, cantada pela também recifense Anah, no disco Dédalus – Marcus Vinicius Apresenta Anah (1974), um belo frevo que merece um resgate. Há Recife até em discos de artistas que trafegavam pelo nicho dos doridos bolerão ou o samba-canção.

É o caso de Núbia Lafayette, que gravou Recife Cidade Encanto, de Emilio di Cavalcanti (homônimo do pintor, mas recifense), no LP Triste Madrugada (1964). E ainda, vejam só, Waldik Soriano, autor de Homenagem a Recife, no LP Sua Majestade a 8 Baixos. Um disco raro, e curioso. É creditado a Waldik Soriano e seu Conjunto, um álbum instrumental, em que o cantor é o solista na sanfona de oito baixos. Homenagem ao Recife é um frevo.

De autores pernambucanos, ou que viviam no estado, a lista é extensa. Delas destacaria uma das mais belas, e esquecidas (mais uma que deveria ser resgatada), Recife que Beleza, de Capiba, faixas do LP O Bom do Carnaval (1985). Por sinal, a música tem um “causo” engraçado, já contado neste blog, e no meu instagram @telestoques. Por fim, parabéns para o Recife nos seus 486 anos, e estendido à Olinda, que também inteira neste domingo, 12 de março 488 primaveras.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Imagem do Twitter

Você está comentando utilizando sua conta Twitter. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s

Crie um site ou blog no WordPress.com

Acima ↑

%d blogueiros gostam disto: