Um dos melhores LPs da história do frevo, Viva o Frevo, lançado pela Rozenblit, em 1956, para o carnaval de 1957. A foto é primorosa, realçando arquitetura art déco, estilo arquitetônico que predominava no Centro da cidade. Ainda predomina, mas a decadência e degradação acentuam o feio no que já foi muito belo.
Um disco que abre com Evocação, de Nelson Ferreira, um estilo inovador de frevo, baseado nas marchas regresso dos blocos dos anos 20. Iniciou a terceira variante do frevo, o de bloco. O restante do repertório é de frevos canção, e de rua, o instrumental. Traz o primeiro grande sucesso carnavalesco de Claudionor Germano, Eu Quero Uma Mulher, de Fernando Castelão, o famoso apresentador de um dos programas de maior audiência da TV pernambucana, Você Faz o Show, no Canal 2, Jornal do Commercio.
Na época o frevo rasgado, o instrumental, ainda se renovava, fazia sucesso e arrastava os foliões. Aqui há uns clássicos esquecidos, Afasta Tudo, de Toscano Filho, Metralhando, do maestro Francisquinho, Albacora, de Eugênio Fabrício. E também frevos canção, merecedores de regravações. Como é o caso de Tempero de Pobre, do potiguar Dozinho, campeão de carnavais pernambucanos nos anos 60. Em todas as faixas a Orquestra de Frevos Mocambo, dirigida pelo maestro Nelson Ferreira.
Tempero de Pobre é cantada pelo Os Cancioneiros, trio vocal no qual se destaca o vozeirão de Expedito Baracho. Mais um clássico, Ingratidão, de Neusa Rodrigues e o maestro José Menezes, com Rinaldo Calheiros, que mais tarde seria uma das vozes que marcariam a Rádio Jornal.
Um discão, obviamente, fora de catálogo há décadas, e que se pode ouvir no youtube, graças a postagens de abnegados admiradores do gênero. Aos demais admiradores do frevo sugiro uma conferida no link da Rozenblit no Spotify: https://open.spotify.com/user/rozenblitmusic
TelesToques 
Deixe um comentário