Chico Buarque e Emicida lançaram, sexta-feira ,31 de março, Senzala e Favela, gravada para um disco tributo ao baterista Wilson das Neves, que além de ser uma referência no instrumento, foi também compositor inspirado. Com uma discografia solo relativamente curta mais consistnte. Seus primeiros LPs são caçados nos sebos, todos preciosidades, sobretudo o Elza Soares Baterista: Wilson das Neves, de 1968, quando também lançou Juventude 2000, um repertório de sambalanço com um viés meio psicodélico, como seus demais discos lançados até 1970.
Os álbuns de Wilson das Neves todos tem um toque de contemporaneidade, ele conseguia tocar a música mais pop com o samba, traz para o mesmo repertório Come Together, dos Beatles, com Essa Moça Tá Diferente, de Chico Buarque. O som da Motown com Jorge Ben. Sem esquecer, obviamente, que ele tocou com praticamente todo mundo, estima-se que tenha participado de 600 discos de intérpretes e grupos da MPB, incluindo aí o maestro Moacir Santos. Wilson das Neves tocou bateria em todas as faixas do seminal álbum Coisas, de 1965.
Voltando a Chico Buarque e Emicida, Senzala e Favela, o álbum homônimo tem 18 faixas, 13 delas inéditas, interpretadas por alguns dos mais importantes nomes da MPB, entre os quais, Marcelo D2, Ney Matogrosso, Zeca Pagodinho e Roberta Sá, e o próprio Das Neves, em três gravações feitas em casa. O tributo ao baterista seria na verdade um disco que ele se preparava para gravar, mas faleceu, em 26 de agosto, dois dias antes de entrar em estúdio.
O álbum foi produzido por Kassin e Jorge Helder e terá lançamento dia 9 de maio, em show no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com participação dos que interpretaram a música de Wilson das Neves em Senzala e Favela, álbum duplo com selo Fundisom.
A gravação ficou linda!
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e emicida canta bem
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