Geraldo Azevedo estava com 27 anos em 1972, Bob Dylan com 22 em 1963. Geraldinho estava no batente musical desde 1965, quando veio de Petrolina para o Recife, e logo se tornou violonista requisitado na movimentada cena de Bossa Nova (rumando pra MPB) do Recife.
Bob Dylan já gravara o álbum de estreia, no ano anterior, elogiado, mas pouco comprado. Fazia seu primeiro show em Boston, onde havia uma cena folk quase tão forte quanto a de Nova Iorque. Estava a semanas de lançar o LP Freewheelin’ Dylan, que o levaria, a contragosto, a ser rotulado de gênio e porta-voz de sua geração.
Ambos, Geraldo Azevedo e Bob Dylan se apresentaram em casas de dimensões modestas. O primeiro no Nosso Teatro (atual Valdemar de Oliveira), com Alceu Valença, lançando o álbum que gravaram juntos na RGE, em1972. O segundo no Café Yana, em Boston (com capacidade para 40 pessoas).

Os dois ainda eram conhecidos por poucos. O responsável por redigir o anúncio para divulgar as apresentações nos jornais, do Recife e de Boston, quando foi datilografar os nomes nem conferiu se os sobrenomes estavam corretos. Alceu Valença iria cantar com Geraldo Rodrigues, enquanto a plateia do Café Yana assistiria a um show de Bob Dillon, “A nova voz do folk da América”, conforme está no anúncio.
Mas tais equívocos são bastante normais no início de carreira, aconteceu com os Beatles. Nos primeiros discos do grupo lançado nos EUA pelo selo Veejay, o nome da banda é grafado The Beattles. Mesmo na Inglaterra, o compacto com Love me Do, e P.S I Love, nas cópias para divulgação, o parceiro de John Lennon é Paul McArtney. Numa de suas poucas apresentações no interior de Pernambuco, Chico Science & Nação Zumbi foram se apresentar em Petrolina. O então empresário da banda, Paulo André Pires, conta que o apresentador, na hora de chamar a banda ao palco lascou esta: “Com vocês…Chico Sáice e…seu conjunto musical”.
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