O Paço do Frevo recebe nesse sábado, 22 de abril, alguns dos mais importantes músicos de instrumentos de cordas da atualidade em Pernambuco, para uma celebração ao Dia Nacional do Choro, estabelecido em 23 de Abril, data de nascimento do carioca Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, um dos maiores instrumentistas e compositores da história da música brasileira.
O Recife é um dos grandes centros do choro no país, terra de João Pernambuco (João Teixeira Guimarães, 1883/1947), Meira (Jayme Tomás Florence, 1909/1982), Luperce Miranda (1904/1977) ou Rossini Ferreira (1919/2001), seminais no desenvolvimento da música popular brasileira. Desde o início do século 20 até os dias atuais, o choro pernambucano vem renovando-se com gerações de virtuosos, e conjuntos regionais antológicos, feito a Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco.
Uma comprovação desta tradição poderá ser comprovada nesse sábado, a partir das 17h, no 3º andar do Paço do Frevo, com o projeto Do Choro ao Frevo, Com direção musical do maestro, professor e bandolinista Marco César. Com ele estarão João Paulo (cavaquinho), João Vítor (pandeiro), Pepê (violão de 7 cordas) e Gilberto Bala (surdo). Além destes, os convidados Renato Bandeira, Lucas Andrade, Neris Rodrigues, César Michiles e Claudia Beija.
O Do Choro ao Frevo, criado há sete anos por Marco César, desta vez prestará homenagens a três gigantes da música brasileira, que completariam cem anos em 2023: o cavaquinista carioca Waldir Azevedo, e os pernambucanos, maestro José Menezes, e o cantor e compositor Luiz Bandeira, os dois últimos renomados autores de clássicos do frevo.
Para desavisados, pode parecer estranho um projeto que une a melancolia do chorinho com a euforia do frevo. Mas ambos caminham juntos há muitas décadas. Pixinguinha foi autor de frevos, e gravou frevos de autores pernambucanos. O mesmo aconteceu com outro gigante do choro, o também carioca Jacob do Bandolim. Então está tudo em casa. Confiram, pois, mais uma edição de Do Choro ao Frevo.
O Paço do Frevo fica na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife. Ingressos: R$10 e 5
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