O jazz em tons suaves e intimistas de Stacey Kent

Stacey Kent lançou se disco pandêmico, Songs From Other Places (Candid Records), com um repertório de canções que fogem, em parte, dos standards da música popular americana.  Stacey não é cantora de jazz que usa voz como um instrumento a mais no grupo que a acompanha. Faz jazz de baixos teores, o que não a diminui. Ela é uma ótima cantora, com um trabalho requintado, confirmado pelas cinco estrelas que lhe conferiu a Downbeat para o álbum anterior I Know I Dream: The Orchestral Sessions, que recebeu 40 milhões de streams.

Sua trajetória é diferente. De New Jersey, ela foi estudar em Londres, onde começou a carreira, e casou com o saxofonista Jim Tomlison, seu produtor. Stacey Kent fez uma espécie de estágio no célebre Ronnie Scott’s, abrindo show dos grandes do jazz. A partir de 2003, passou a ter como parceiro o escritor anglo-japonês Kazuo Ishiguro, Prêmio Nobel de Literatura, em 2017.  Stacey tem fortes ligações com a música brasileira, dividiu disco e DVD com Marcos Valle, e costuma incluir canções brasileiras em seus álbuns e shows. Em Songs From Other Places ela canta Bonita (Tom Jobim). Ela canta Stevie Nicks, Paul Simon, entre as dez faixas, a que mais se destaca, no entanto é uma inédita, Tango in Macao, de Jim Tomlinson & Kazuo Ishiguro. Um disco que cai mais que bem em tempos tão cinzentos.

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